O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, de Antônio Houaiss, apresenta a seguinte definição de potencial: "existente apenas como possibilidade ou faculdade, não como realidade". Portanto, não temos como manifestar o potencial se ele não tiver uma forma definida. Assim como se faz com o concreto, precisamos colocá-lo dentro de um "molde" que lhe dê forma e o torne útil. E qual é o molde no qual devemos colocar nosso potencial? As decisões. Para desenvolver o potencial adequadamente, devemos ter um plano e orar com relação a ele; devemos ter um propósito e agir.
Creio que muitas pessoas estão vivendo infelizes porque não têm feito absolutamente nada para desenvolver seu potencial. Na verdade, muitas dessas pessoas nunca o desenvolveram porque a única coisa que de fato fazem é reclamar por não estarem fazendo nada!
Por isso, se desejamos que o nosso potencial venha a ser desenvolvido plenamente, não devemos ficar esperando até que tudo esteja perfeito para, só então, agir. Ao contrário: precisamos fazer alguma coisa agora! Comecemos fazendo o que estiver ao nosso alcance. Não podemos começar um processo pela etapa final. Devemos começar pela primeira etapa, e ninguém é exceção.
Muitos, contudo, querem começar o processo pela primeira etapa, queimar todas as etapas intermediárias e partir logo para a etapa final. Mas desse modo é impossível que dê certo.
Assim sendo, temos de dar uma forma definida ao nosso potencial, utilizando-o de modo prático. Afinal, nunca saberemos o que somos capazes de fazer se nunca tentarmos. Não devemos ter tanto medo de fracassarmos a ponto de nunca nos arriscarmos. Também não podemos cair no comodismo, achando que se não fizermos nada, estamos livres de todos os riscos. Agindo assim, poderemos até ter uma falsa sensação de segurança; todavia, nunca obteremos sucesso no desenvolvimento pleno de nosso potencial nem nos sentiremos realizados com o que estamos fazendo. Portanto, vamos pôr mãos à obra, fazendo aquilo que Deus está nos orientando a fazer, e logo descobriremos o que somos capazes de fazer ou não.
Muitos vivem frustrados por não saberem quais são os seus dons ou qual é a vocação de Deus para a sua vida. Porém, para descobrirmos qual é a nossa vocação, basta apenas começarmos a realizar atividades relacionadas a uma área pela qual temos interesse. Deus não vai permitir que passemos a vida toda fazendo algo que odiamos. Eu, por exemplo, embora tenha filhos e netos a quem amo e cuja companhia aprecie muito, descobri que minha vocação não é trabalhar com crianças. Mas há pessoas que gostam muito de fazê-lo.
Sempre há alguém ungido por Deus para fazer o que é preciso em cada área.
O líder inteligente conhece as próprias limitações, por isso se cerca de pessoas que fazem muito bem aquilo que ele não consegue.
Joyce Meyer, em A Formação de um Líder.
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